segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A Reconquista de Aleppo e a Tomada da Europa

No rescaldo da reconquista de Aleppo, multiplicam-se os festejos pela libertação da cidade (aqui). Rezaram-se Missas pela primeira vez em anos e festejou-se o Natal (aqui).

Mas, para além disto, Aleppo abandonou as primeiras capas dos jornais e as aberturas dos noticiários. Talvez para que as mesmas redacções que endeusaram os rebeldes, não tenham de noticiar como estes recorreram a escudos humanos na sua fuga (aqui da al-Jazeera - anti-Assad) e como sepultaram em valas comuns aqueles que oprimiram nos últimos anos (aqui do Independent).

Ou então, talvez, para que não tenham de revelar que os indivíduos aflitos que aparecem nos vídeos de lamentação divulgados dias antes do fim (aqui da CNN, que dispensa comentários) são, afinal, activistas de ONG com ligações aos rebeldes (aqui do Independet).

Decerto foi para não terem de publicar imagens e discorrer sobre os armazéns de armas norte-americanas abandonadas pelos rebeldes na sua fuga (aqui dos russos da RT).

O que vale é que tudo isto sucedeu em época natalícia e no meio da saga dos presentes e do Last Christmas repetido à saciedade, pouca atenção houve para mais uma guerra encenada, com mortos bem reais. 

Uma guerra que extravasa as fronteiras sírias. Uma guerra necessária para que nada faça sentido, a fim de que os europeus continuem a flanquear as suas fronteiras. 

Há um PREC a instalar-se na Europa.